“Cada um que passa em nossas
vidas é único, pois cada um é único, ninguém substitui o outro. Vem e vai, mas
não nos deixa só, pois leva um pouco de nós e nos deixa um pouco de si.” Saint-Exupéry
(adaptado).
Por que não enxergamos a
pessoa amada como realmente ela é? Sem contar as loucuras que fazemos por ela.
O amor, na visão na
neurociência, é a invasão de dopamina, um hormônio que ativa as “recompensas”
do cérebro, produz prazer. Não é como uma droga, mas age de forma semelhante,
entretanto as reações corporais e mentais são diferentes.
As reações do amor vão do
arrepio ao orgasmo. Podendo corar, suar, ofegar, acelerar o batimento cardíaco.
Resulta também em cortejo e exibição da sua parte à pessoa
amada. Tais reações são comumente observadas quando estamos com medo, mas no caso do amor elas ficam “marcadas” no cérebro, e são ativadas até mesmo quando apenas vemos uma foto ou pensamos na pessoa amada.
amada. Tais reações são comumente observadas quando estamos com medo, mas no caso do amor elas ficam “marcadas” no cérebro, e são ativadas até mesmo quando apenas vemos uma foto ou pensamos na pessoa amada.
O processo de construção do
amor se dá primeiro pelo desejo sexual, motivado pelo hormônio testosterona.
Logo em seguida vem a atração física. Neste caso, hormônios do bem-estar, como
dopamina, endorfina e serotonina, promovem um estado de felicidade intensa,
euforia, ou seja, as “recompensas”, o prazer. Por fim, observamos o vínculo
duradouro, o amor.
Quando o amor acontece, o
sistema límbico (central das emoções) produz um “oceano” de substâncias que
transformam a pessoa amada em uma pessoa perfeita, a “cegueira” se manifesta. Diante
da percepção dos defeitos e conflitos da pessoa amada, o cérebro, estimulado,
força a criação de uma “história fictícia”, que enfatiza as qualidades e
minimiza os pontos negativos. Entretanto esse estado não dura a vida toda. Mas
se os laços construídos forem fortes e existirem outros fatores, que, além da
atração física, une o casal, o relacionamento continua.
O apaixonado se acostuma com
as reações do cérebro. Novas situações (estímulos) devem ser criadas para a
manutenção das reações. Quando isso não acontece, o cérebro, agora já “viciado”,
entra em estado de abstinência, necessita das “recompensas”. Daí surge o
desespero, a procura de meios para resgatar a paixão, ou do contrário, a
procura de um novo amor, pois o cérebro, ainda “viciado”, necessita manter-se
estimulado, apaixonado para receber as tão saborosas “recompensas”. Essa
abstinência pode levar dias e até meses. Se tão logo cessarem os estímulos, não
mais resultando em prazeres, o estado de tristeza e depressão será comum de
ocorrer. Então a “cegueira” é curada. E se ainda persistia no resgate da paixão
pela pessoa amada, logo os pontos negativos se sobressaem às qualidades,
resultando em desinteresse, e por fim no término do relacionamento.
O cérebro é responsável pela
“cegueira” do amor, porém outros fatores, como a carência, o medo de ficar só e a vontade de formar uma família, podem contribuir para encontrar o amor
perfeito, porém devemos ficar espertos, pois amar não é suprir uma necessidade.
Sabemos que o amor continuará se houver estímulos resultando em reações
prazerosas, e não pela simples vontade de manter um relacionamento, uma tarefa
muito difícil, pois o amor não se “deixa acontecer”, ele apenas acontece!
Fontes: O Globo On-line, Portal R7, Portal UOL, Folha.com,
Um Pouco de Tudo.
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