“Tronco” porque faz parte da base de onde sustenta o surgimento de
qualquer tipo de célula.
As células-tronco são imortais e multipotentes, duram muito tempo.
Elas, enquanto são “tronco”, nunca perdem o seu poder de transformação, mesmo
após anos do seu surgimento, lá na fase embrionária, pois ainda poderão diferenciar-se
em qualquer outro tipo de célula.
Células deste tipo se autorrenovam e apresentam altíssima
taxa de multiplicação. Passam por diferenciações até alcançarem o nível mais
elevado de modificações morfofisiológica bem definida, daí a compor uma
estrutura de um órgão.
EM MIÚDOS: todo tipo de célula foi um dia uma célula-tronco, veio dela. As células musculares, por exemplo, passaram por um processo de diferenciação bastante longo até se tornarem miócitos, especializados em contração. Esse processo ocorre devido à necessidade do corpo em ser especializado. Quanto mais equipado é o organismo, mais especializações celulares observamos.
Todas as células são formadas por meio da mesma molécula de DNA. Porém, a expressividade dos genes
dependerá do tipo de função que ela irá exercer. A primeira questão ocorre logo
no início do desenvolvimento, ainda quando se é um embrião. Após a fecundação do óvulo por um espermatozoide, agora, célula-ovo, inicia-se um processo contínuo
de divisões, multiplicação da célula.
Antes, o DNA será duplicado, e cada
cópia será acondicionada em uma nova célula.
Mais adiante, elas iniciam outro processo, o de organização, onde formam vários
grupos celulares, separados por afinidades. Esse momento é o preparo para a
etapa de diferenciação, onde cada célula
deverá tornar-se especializada, responsável por uma função específica no corpo.
Se analisarmos um embrião em desenvolvimento,
perceberemos que ele passa por diversos estágios de organização celular até torna-se
um feto, onde já encontramos
sistemas de órgãos. O processo de (re)organização prossegue a fim de agrupar as
células, preparando-as para a
diferenciação. Seguem as fases de blástula, gástrula e nêurula, onde as células
se reorganizam, formando tecidos, órgãos e sistemas.
A célula-tronco pode ser encontrada em diversas fontes. Além da
embrionária, motivo de inúmeras discussões, e da medula óssea, ela pode ser extraída
do sangue, do cordão umbilical e até da placenta.
Uma vez a célula diferenciada, agora com destino, seguirá com sua função de
forma permanente, definitiva. Não voltará a ser célula-tronco. Entretanto, algumas delas persistem em permanecer
como “tronco”, servindo de reservas para a restauração de áreas lesionadas.
Porém sua função, natural, limita-se à reconstrução de pequenas estruturas.
Mas, graças a sua manipulação em laboratório, utilizando técnicas de indução,
pode-se ampliar esse poder restaurador, chegando até a reconstrução de camadas
extensas de órgãos lesionados, envelhecidos ou malformados.
Apesar de ainda necessitar de
novos experimentos e da descoberta de novas técnicas, o uso da célula-tronco, como solução de
problemas decorrentes das doenças degenerativas, é de suma importância médica. É
forte aliada à melhora na qualidade de vida de pacientes antes desacreditados
na saúde. Atende desde problemas cardíacos, como o infarto do miocárdio, aqueles
neurológicos, como o mal de Parkinson,
até os decorrentes da idade, como o mal de
Alzheimer. Na medicina estética, já experimentaram até na restauração e rejuvenescimento
da pela do rosto, eliminando deformidades, rugas e linhas de expressão.
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